domingo, 16 de novembro de 2008

Imortal, Imortal!

O Sol foi quebrado pelas nossas sombras. Desapareceram os fotões que não nos integram em mais do que uma história igual a tantas outras que um mar de fins conta. Não passamos dessas gotas que deixaste escorrer por entre os dedos do tempo. Então porque me mataste no meu próprio sonho efémero... nem esperaste que ele morresse antes! Sacrificaste um amor com uma doença tão vulgar como a distância e acabaste por banalizá-lo no poço das memórias juntamente com tantos outros que se podem enumerar. Tu foste imortal na minha queda, mas eu sempre acreditei que as tuas asas contrariavam a gravidade das nossas dores.
A ti, minha eterna e efémera história de amor: o relógio que contou o nosso tempo já parou, mas eu, pobre estúpido, ainda respiro!

Paulo Ramos
17.11.08