sexta-feira, 31 de julho de 2009

Órbitas

She is drinking from my mind all my helpless waste of time...

É exigente o peso que pedes que a atmosfera tenha para estarmos juntos. Eu não sou feito das tuas loucuras, mas tu tentas complementar as minhas. Não sei como vou dominar esta ternura anti-gravítica que me afasta do resto do mundo se tu, minha doce órbita sem sentido, te afastas de mim a cada segundo que passa. Venenos frágeis que nos partem o coração... são as cicatrizes que confundimos nas noites intensas com tatuagens, mas que depois se revelam na nossa maior dor.
Alimenta a estrada que me levará até ti e eu, num pequeno desejo de grandes loucuras, seguirei as pistas deixadas pela luz do teu corpo num perfume que usaste para me por a alma dormente.
Pedaço de nada... já dei tudo por ti...


Paulo Nogueira Ramos
31-07-09