sábado, 22 de novembro de 2008

Prosas de um Idealista Persistente

"Behind this mask there is an idea... and ideas are bulletproof!"

Máscaras de carne nunca foram o meu forte, por isso tentem ver a minha alma! Todos os pequenos brilhos dela e todas as suas intenções mais obscuras são parte de mim e fazem-me o que realmente sou neste exacto e egocêntrico. Não procurem maldade nela, porque a minha pobre mente mundana, tal como a vossa, está para lá do bem e do mal.
Mas eu mantenho a minha ideia! Aquela coisa que a falta de crença tenta apagar, um mundo melhor apenas por ser justo! Luto por mim e por ti, por ti e ainda por ti! Confrontem-me com lógicas bem argumentadas, mas não tentem lutar contra tudo o que defendo, pois se o fizerem vão lutar contra a vossa própria liberdade...
Esqueçam os dias de hoje, porque amanhã a minha mente pintou o mundo!
-in Livro dos Revolucionários

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Crónicas de um Aldrabão Merecido

Sou feito de todos os votos que o mundo tem para dar. Imoral, não... apenas impessoal e inteligente. A ignorância dos outros não é culpa minha: apenas é mais uma das minhas vantagens! Não me culpes, culpa-te a ti mesmo pelo teu tremendo erro. Fui mais um que deixaste passar, mais uma onda em muitas deste mar, mais alguns votos, mais... mais nada! Não passa muito mais depois disto, porque eu chego e fico lá a fazer de montanha perante mil ventos de desilusão... mas quem se desilude nunca sou eu...
Talvez um dia aprendas a abrir os olhos quando eu chegar perto de ti para te fazer pensar que és alguém especial!

- in Livro dos Tachistas

Crítica a algo bem claro neste mundo tão escuro.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Fim

Presos pela vida caimos no abismo. Adeus minha doce luz... recordar-te-ei na minha eterna escuridão.

Paulo Ramos
18.11.08

domingo, 16 de novembro de 2008

Imortal, Imortal!

O Sol foi quebrado pelas nossas sombras. Desapareceram os fotões que não nos integram em mais do que uma história igual a tantas outras que um mar de fins conta. Não passamos dessas gotas que deixaste escorrer por entre os dedos do tempo. Então porque me mataste no meu próprio sonho efémero... nem esperaste que ele morresse antes! Sacrificaste um amor com uma doença tão vulgar como a distância e acabaste por banalizá-lo no poço das memórias juntamente com tantos outros que se podem enumerar. Tu foste imortal na minha queda, mas eu sempre acreditei que as tuas asas contrariavam a gravidade das nossas dores.
A ti, minha eterna e efémera história de amor: o relógio que contou o nosso tempo já parou, mas eu, pobre estúpido, ainda respiro!

Paulo Ramos
17.11.08

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Clepsidra

Prende-se a tarde aos nossos beijos enquanto o Sol foge de nós perante um público escondido de estrelas. Não me deixes se não queres que o dia acabe, pois, depois disso, só ficará a noite no orvalho das lágrimas de uma manhã passada por entre os dedos. Tu controlas o tempo e esta clepsidra é tua! A sua essência transcende a origem do mundo, mas só conta os segundos desde que começamos a vê-los passar juntos. Não a deixes cair, pois a gravidade de um fim acaba com mais do que a nossa dor... acaba com os mil sonhos que duas mentes unidas podem criar.
Estas asas de vidro que seguram o nosso dia aumentam a luminosidade do Sol. Segura-as comigo para podermos voar com os pés no chão.
Meu pequeno coração inquieto fica comigo a contar o tempo. Não há estática mais bela que esta para mim...

Paulo Ramos
05.10.08