domingo, 23 de agosto de 2009

Diários Perdidos

Minha dissipada fantasia nocturna, perdi-me no fumo do teu corpo. Tudo o que ardeu não foi além de uma chegada no momento da despedida. Não fomos feitos para existir no meio de insanidades. Ninguém nos encontrou enquanto bonecos de farrapos, mergulhados em tatuagens platónicas. Fomos apenas histórias durante tempo demais. E eu sabia que a vida se cansaria de nos ler e, aí, deixariamos de ser dignos de nós mesmos... o casal perdido na orla do universo. Deixa-me a tua marca e esquece-me por favor. Eu saberei como sofrer pelos dois... pelo nosso inocente amor. Nunca me voltes a ler, porque parte de mim é o teu diário.


Paulo Nogueira Ramos
23-08-09